O conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza entrou em seu quinto dia, marcado pela paralisação completa da única estação de energia do território, deixando toda a região sem eletricidade. O ministro de Energia da Palestina, Thafer Melhem, informou que a distribuição de energia foi prejudicada após Israel cortar o fornecimento como parte de um "cerco total" em resposta ao conflito. A estação tinha combustível para apenas 12 horas. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Galant, ordenou um bloqueio total em Gaza, afirmando que sem eletricidade, alimentos e combustível, como parte das medidas contra grupos violentos, referindo-se ao Hamas.
Os ataques israelenses se intensificaram, atingindo mais de 200 alvos ligados ao Hamas. Os militares israelenses afirmaram que a região conhecida como Al-Furqan, no norte da Faixa de Gaza, funciona como um centro terrorista do Hamas, de onde partem ataques contra Israel. O número de mortos continua a aumentar, com mais de 1.055 palestinos mortos em Gaza, elevando o total de vítimas nos dois lados para 2.255. A UNRWA relatou a morte de nove de seus funcionários em ataques aéreos.
O conflito teve origem em um ataque do Hamas contra Israel, seguido por uma resposta militar israelense. O Hamas invadiu o território israelense pelo sul, sequestrando israelenses, incluindo mulheres e crianças, como reféns e lançando foguetes. Israel retaliou lançando ataques aéreos em direção à Faixa de Gaza.
A Faixa de Gaza, um território palestino estreito com 2 milhões de habitantes, sofre com pobreza e superpopulação. Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967 e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive sob um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
O conflito reflete a longa disputa entre Israel e Palestina, que remonta a 1947, quando a ONU propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. A situação continua tensa, com ambos os lados sofrendo perdas significativas e a escalada do conflito levanta preocupações internacionais sobre a proteção dos civis em tempos de guerra.
História de um conflito Israel x Palestina — Contexto Histórico
Período Pré-1947: Antes de 1947, a região era uma parte do Império Otomano, com uma população diversificada de judeus, muçulmanos e cristãos.
Plano de Partilha da ONU (1947): Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha que dividiria a Palestina em um estado judeu e um estado árabe, com Jerusalém como um enclave internacional. Os líderes árabes rejeitaram o plano, enquanto os líderes judeus aceitaram.
Guerra de Independência de Israel (1948-1949): Após a proclamação do Estado de Israel em 1948, vários países árabes vizinhos atacaram Israel, resultando na Guerra de Independência. O conflito levou à criação de Israel e ao êxodo de centenas de milhares de árabes palestinos, que se tornaram refugiados.
Guerra dos Seis Dias (1967): Em 1967, Israel venceu uma guerra contra Egito, Síria e Jordânia, expandindo seu território para incluir a Cisjordânia (anteriormente controlada pela Jordânia), a Faixa de Gaza (anteriormente controlada pelo Egito) e as Colinas de Golã (anteriormente controladas pela Síria).
Os Acordos de Paz de Oslo (1990s): Durante os anos 1990, Israel e a Organização de Libertação da Palestina (OLP) firmaram os Acordos de Paz de Oslo, que estabeleceram a Autoridade Palestina para governar partes da Cisjordânia e Gaza. No entanto, questões fundamentais, como fronteiras, refugiados e status de Jerusalém, permaneceram não resolvidas.
Conflitos Recorrentes: Desde Oslo, houve períodos de negociações e conflitos. As tensões persistem, especialmente em questões como assentamentos israelenses na Cisjordânia, o status de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos.
Este é um conflito profundamente enraizado em questões históricas, culturais e religiosas, com múltiplas perspectivas e reivindicações sobre a mesma terra. A busca por uma solução pacífica continua sendo um dos desafios mais difíceis da diplomacia internacional.